O Presidente Bolsonaro, no pronunciamento de ontem, usou algumas expressões que para muitos foram inadequadas. Inserindo as
"expressões" no contexto: "gripe", "gripinha" ou
gripão, temos a seguinte equação: Em Joinville nos primeiros 6 meses do
ano de 2019 (o Ministério ainda não disponibilizou os números do segundo
semestre) tivemos um total de 156 óbitos notificados por Influenza/Pneumonia.
Desse total 37 foram óbitos acima de 70 anos. Salvo juízo patológico, Influenza
é tão ou mais contagiosa do que o Corona (pelo menos em letalidade).
O vírus influenza ,
responsável pela gripe H1N1, matou cerca de duas pessoas por dia no Brasil
em 2019. Dos 3.430 casos registrados, cerca de 23% resultou em falecimento (796
mortes). Idosos, crianças e pessoas com doenças autoimunes foram as
principais vítimas, só em Joinville foram 156 casos.
Sem contar que a H1N1,
conhecida também como gripe suína, continua presente no Brasil. Se não tratada,
ela pode resultar em pneumonia, miocardite, insuficiência renal, falência
múltipla de órgãos e óbito.
Então, diante dos
números do Corona Chinês, como classifica-la? Por que não falamos
em medidas sanitárias contra o Influenza, esta sim um GRIPÃO. Como disse o
Presidente dos Estados Unidos, a “cura não pode gerar mais estragos do que a
doença”.
Vamos perguntar ao dono
da lojinha do bairro, falar com os taxistas, com os empresários, com as pessoas
que estão perdendo seus empregos mais imediatos: as empregadas domésticas,
autônomos e outras funções isoladas que já perderam seus empregos,
por conta de uma histeria coletiva que não reduz e nem aumenta a letalidade do Corona
Chinês.
Ao Contrário, penso que
o Presidente Bolsonaro falou baseado em números. Já o Ministro da Saúde, este
sim, não adianta negar, errou quando usou a expressão que em Abril, o Sistema
de Saúde irá entrar em colapso! É esse tipo de frase que não contribui. Eu já
vivi a experiencia de estar no meio do furacão. O surto de Meningite a 20 anos
atrás em Corupá, as epidemias de Dengue em 2013 no Oeste Baiano. O medo que me movia
entre as pessoas, nestes lugares, me fez racionalizar o tema. Quando perguntei
a um patologista da época como eu deveria me proteger, ele respondeu rápido:
“garanta a sua imunidade, não espere que o Governo vá dar “banho” em você. Não
espere que o Governo mantenha sua casa higienizada, e isto inclui os cuidados
básicos com seu corpo, isto, é com você!
O que se vê no momento
é uma “epidemia emocional”. As pessoas perderam o senso do juízo crítico
e estão sendo conduzidas, sem perceberem a um julgamento de condutas
políticas. Gestores Estaduais (SC, SP, RJ e Nordeste) transformaram o tema numa
ótima oportunidade para fazer política. A rede Globo, que desavergonhamente faz
“pesquisa de opinião”, ao mesmo tempo em que alardeia o pânico. É
por isso que concordo com o Bolsonaro, afinal estamos no meio de uma epidemia
patológica mesmo? Ou ela é o argumento que alguns precisavam para fazer o confronto
político?
Da minha parte tomei
uma decisão, o melhor jeito de não ser incluído na hipnose (histeria) é me
fazer de surdo nos ouvidos e cegos nos meus olhos. Assim, a exemplo de
tantas outras autoridades do ramo, também, graças a deus consigo enxergar o que
de fato está ocorrendo. Só para lembrar o que disse quando iniciei este texto: Em
Joinville em 2019 tivemos 156 óbitos por
Influenza, só no primeiro semestre – se repetir no segundo, vamos ter 1 óbito
por dia – baita gripão! Estamos preocupados?
Não venham me dizer que
não estou preocupado com o Corona Chinês! Claro que precisamos nos proteger,
contra o Corona, contra o H1N1 e tantos outros organismos que podem nos matar. Mas
por favor não misturem ações sanitárias como muitas que já foram feitas neste
país, com confrontos políticos!
Norival
Silva
Consultor