Evolução supõe mudanças, sempre. Conhecimentos gerados pelos avanços científicos nas esferas biológicas, ecológicas, comportamentais, sociológicas, psicológicas e de tecnologias médicas, indutores da política de qualidade de vida acabou por gerar modernizações administrativas na área da saúde, alterando significativamente o seu modus operandi e estabelecendo mudanças inovadoras que são os fundamentos conceituais e operacionais do que hoje denominamos Programas de Promoção da Saúde e Qualidade de Vida, em ambientes de trabalho. Mudou a visão de modelos de redes e de acesso, a redução considerável do consumismo que estimula o crescimento de custos sem necessariamente produzir o efeito “saúde” para as pessoas.
Mudou, portanto, o
discurso da saúde, mudando, por correlação, sua pragmática. Fenômeno
responsável pela emergência do conceito de promoção
da saúde foi a importante politização embutida no conceito precedente de
qualidade de vida. Quando comecei a
lidar com organização de redes e modelos de atenção à saúde, descobri que a
lógica que deve nortear a governança de Operadoras e de Saúde e Gestores
Corporativos está diretamente relacionada a compreensão do conceito: “Saúde
como prioridade e doença como contingência”, na condução de programas internos
de promoção da Saúde. Costumo dizer que o “ato” de cuidar da saúde não pode ser
transferido para um terceiro (O Plano). Assim como o pai e mãe cuidam da saude
da família, igualmente os gestores de pessoas nos ambientes de trabalho devem
continuar cuidando da saúde do seu grupo de trabalho.
O conceito de “promoção
da saúde”, é muito confundido com “prevenção”. A Promoção da Saúde está muitos
passos à frente do que até hoje conhecemos como Medicina Preventiva. A
prioridade deve estar focada na
sanidade, não na morbidade. Não o
homem curado ou sarado, mas a pessoa sadia. A promoção lida com o período
pré-patogênico, focando os “comportamentos”, enquanto a Prevenção, visa os
agravos e suas causas.
Efetivamente, o volume
considerável de recursos aplicados pelas empresas que oferecem “planos de
saúde” aos seus funcionários é algo para se ponderar. O prejuízo causado pelo
absenteísmo (dias perdidos), o envelhecimento
crescente da população e os custos gerados pelas novas tecnologias têm
levado as empresas a descobrirem que já não é suficiente buscar a redução dos custos apenas na hora da
renegociação do contrato e que é preciso mudar a lógica de gestão do
sistema, se voltando mais para o “custo da morbidade” predominante e gerador
das despesas contabilizadas pelo “plano de saúde” contratado.
Os gestores de pessoas
não podem ignorar que as pessoas precisam perceber seu próprio papel como
gestor do “seu sistema de saúde”, não como um simples modismo, mas como uma
real necessidade de fazer frente a um tema que normalmente é abordado apenas
pelo aspecto da “assistência”, como se a presença ou ausência do “plano de
saúde”, fosse a determinante da ocorrência das doenças e/ou agravos
que em última análise se transforma na sinistralidade das operadoras e nas
contas por esta apresentada todos os meses.
Nenhuma
empresa que tenha um plano de saúde contratado deve esperar que a operadora
desenvolva a ação de promover saúde. Algumas até têm ações direcionadas à
prevenção de doenças, mas a maior interessada deve ser a própria empresa. Até
porque esta é uma atividade de gestão da organização. Mesmo tendo um custo
inicial, no médio prazo os Programas de Promoção da Saúde podem proporcionar
uma considerável economia, incluindo a redução do índice de dias perdidos
(absenteísmo) e o aumento da produtividade dos trabalhadores, e é neste cenário
que está o papel das Administradoras de Benefícios, como a IBBCA, que
desenvolve parcerias com os Gestores de RH, na sensibilização e capacitação
interna dos gestores corporativa.
A
IBBCA, como Administradora de Benefícios, não só tem a expertise de organização
de redes, como é capaz de selecionar no mercado o melhor plano de saúde, nas
condições de custos e acesso, além de oferecer aos seus clientes (tomadores dos
Planos de Saúde) incluídos no preço do plano oferecido, serviços adicionais de
Gestão do Sistema de Saúde Corporativo. Juntar epidemiologia com saude
ocupacional, produzir anamnese regular da morbidade predominante, identificar
os custos relativos a cada um dos ciclos de vida inseridos na tipologia humana
predominante, definir os indicadores de governança, ações de rastreamento de
doenças crônicas e assistência primária que deveria resolver pelo menos 70% dos
problemas de saúde da carteira de beneficiários de uma determinada empresa, compõe
o portfólio de serviços pela IBBCA aos
clientes de Planos Coletivos empresariais.
Cabe
ao gestor de RH a retomada do paradigma e o gerenciamento de todas as suas
variáveis internas e externas (família e comunidade, políticas sociais
internas, estilo de vida predominante, perfil de morbidade, etc.), além de
capacitar os gestores de pessoas para compreender o que é um sistema de saúde e
como compartilhar sua gestão, sendo, para isso, necessário promover um estudo
prospectivo cuidadoso do sistema de saúde.
Na
outra ponta, estão os trabalhadores que são chamados apenas para participarem
de palestras sobre uma ou outra patologia ou ginástica laboral ou em função de
alguma data “comemorativa”. Torna-se indispensável sensibilizá-los e
capacitá-los a participar do processo de gestão do sistema, partilhando as
estatísticas dos custos, do perfil predominante de morbidade, dos índices de
dias perdidos, das regras de utilização e da evolução do orçamento estabelecido
pela empresa para o plano de saúde contratado.
Sem
a retomada do processo de gestão do sistema de saúde pela visão integral do ser
humano, quebrando a pressão assistencial curativa, sem o esforço do
profissional de RH na compreensão do que vem a ser um Sistema de Saúde e,
principalmente, sem a participação das pessoas, primeiro na gestão do seu
sistema individual de saúde e, segundo, na co-gestão do sistema corporativo,
vamos continuar trocando de planos de saúde apenas pela referência de custos.
É
neste cenário que a IBBCA, toma a iniciativa em ofertar aos clientes não apenas
as conhecidas palestras de sensibilização em ocasiões especificas, mas
especialmente estabelecer uma premissa de capacitação interna de todos os
gestores e trabalhadores para aprender a “cuidar do seu sistema individual de
saúde e quando for o caso do sistema de saúde do seu grupo”, do mesmo jeito que
são capacitados para liderar, agir com qualidade, motivar, etc. Assessorar
efetivamente o cliente tomador do plano com expertise interna capaz de ajudar
seus clientes a cuidar da saúde como se fosse efetivamente um ativo
gerenciável, cooperando no controle da sinistralidade do Plano, na
redução do absenteísmo e especialmente oferecendo ações integrais de saúde e qualidade
de vida aos seus trabalhadores é nossa missão permanente.
Norival
R Silva
Superintendente
de Gestão Assistencial
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